quarta-feira, 9 de março de 2011

Hoje 08 de março ... Uma homenagem à Mulher desse nosso Planeta Terra.


Hoje deixo de postar os artigos sobre Meio Ambiental, porque o dia merece uma postagem especial em homenagem não somente às mulheres, mas também aos homens que gentilmente nos deixam suas mensagens e cumprimentos. Parabéns também a vocês homens pelo reconhecimento e respeito.
 O significado de se comemorar esse dia vem de um triste e lamentável episódio. No dia 08 de março de 1857 operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque, fizeram uma grande greve.  A manifestação foi reprimida de forma violenta, sendo trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
No ano de 1910, em Conferência da ONU na Dinamarca, em homenagem às mulheres operárias criou-se “Dia Internacional da Mulher”, a ser comemorado no dia 08 de março  e no ano de  1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas - ONU.
Justa é a homenagem porque com ela vem o reconhecimento e um longo processo de lutas, organização e conscientização das mulheres, mas também de toda a da sociedade, na maior parte do mundo. A luta, entretanto apenas começou, pois a mulher ainda tem um longo caminho a percorrer até que possa eliminar a discriminação e uma mais severa valorização das mulheres, a começar pelas nossas meninas, combater com mais severidade à violência contra as mulheres.
A mulher ainda tem um longo caminho a percorrer até que possa eliminar a discriminação e uma mais severa valorização das mulheres, a começar pelas nossas meninas, combater com mais severidade à violência contra as mulheres.
Aqui deixo aqui registrado como minha homenagem as mulheres brasileiras, parte da do despacho verdadeiramente humano do Juiz João Baptista Herkenhof, que libertou Edna grávida de 08 meses. O Juiz de Vila Velha, hoje aposentado publicou mais uma interessante obra que merece ser lida: “Mulheres no Banco dos Réus”

“A acusada é multiplicadamente marginalizada: por ser mulher, numa sociedade machista; por ser pobre, cujo latifúndio são os sete palmos de terra dos versos imortais do poeta; por ser prostituta, desconsiderada pelos homens, mas amada por um Nazareno que certa vez passou por este mundo; por não ter saúde; por estar grávida, santificada pelo feto que tem dentro de si, mulher diante da qual este Juiz teria de se ajoelhar, numa homenagem à maternidade, porém que, na nossa estrutura social, em vez de estar recebendo cuidados pré-natais, espera pelo filho na cadeia.


 É uma dupla liberdade a que concedo neste despacho: liberdade para Edna e liberdade para o filho de Edna que, se do som do ventre da mãe puder ouvir o som da palavra humana, sinta o calor e o amor da palavra que lhe dirijo, para que venha a este mundo tão injusto com força para lutar, sofrer e sobreviver. [...]
 Este juiz renegaria todo o seu credo, rasgaria todos os seus princípios, trairia a memória de sua Mãe, se permitisse sair Edna deste fórum sob prisão. Saia livre, saia abençoada por Deus, saia com seu filho, traga seu filho á luz, que cada choro de uma criança que nasce é a esperança de um mundo novo, mais fraterno, mais puro, algum dia cristão.” Expeça-se incontinenti o alvará de soltura.

Um  Parabéns especial para a Maria de Fátima de Cesaro, Adriana Mocellin, Maria de Fátima Borges, Rosana Repezza, Araguaci Almeida, Diane, para minhas filhas Ana Flávia e Ana Júlia e é lógico para mim.



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