sábado, 19 de março de 2011

E o Brasil tal como na Conferência de Estocolmo continua pagando micos.


 

Acidente Nuclear em Chernobyl - O Símbolo do medo

No post que publiquei ontem: “Energia Nuclear é necessária no Brasil? Comentei sobre a iniciativa de ambientalistas para conter a onda nuclear que vem tomando o mundo e o empresário brasileiro para não ficar para traz resolveram investir no grande negócio.

O Brasil insiste em produzir energia nuclear ainda que não seja necessária, levando em consideração o grande potencial energético que possuímos a possibilidade do uso de outros recursos naturais para se produzir energia mais barata e sem poluentes, como é o caso da energia eólica que provem do vento. Recurso este inesgotável levando em consideração que vento sempre haverá. E urano? Será que as jazidas são inesgotáveis?

Tal como na década de 1970/1980 O planeta pede socorro e Brasil ainda insiste em pagar seus micos, como o fez, quando a ONU 1972 realizou em Estocolmo a Conferência Mundial sobre as discussões envolvendo desenvolvimento e meio ambiente. O evento transformou o meio ambiente em uma questão de relevância internacional.

A Conferência reuniu tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, Essa Conferência chamou a atenção das nações para o fato de que a ação humana estava causando séria degradação da natureza e criando severos riscos para o bem estar e para a própria sobrevivência da humanidade.
O tumultuado evento foi marcado por confrontos entre países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento. Os países desenvolvidos estavam preocupados com os efeitos da devastação ambiental sobre a Terra, propondo um programa internacional voltado para a Conservação dos recursos naturais e genéticos do planeta, afirmavam que medidas preventivas teriam que ser encontradas imediatamente, para que se evitasse um grande desastre.

Por outro lado, os países em desenvolvimento argumentavam que se encontravam assolados pela miséria, com graves problemas de moradia, saneamento básico, atacados por doenças infecciosas e que necessitavam desenvolver-se economicamente, e rapidamente.
Questionaram a legitimidade das considerações feitas pelos países ricos que já haviam alcançado o poder industrial com o uso predatório de recursos naturais e que queriam impor a eles complexas exigências de controle ambiental, que poderiam encarecer e retardar a industrialização dos países em desenvolvimento.


O Brasil fora convidado a participar do evento e por mais absurdo que pareça enquanto outros países se preocupavam em diminuir poluentes, os nossos Coronéis, aqueles da ditadura militar que administravam a Terra Brasilis, se posicionaram de forma ridícula bem ao jeito brasileiro:

“Oi, se vocês não querem indústrias poluindo seus países, manda tudo para o Brasil, porque nós adoramos poluição.”
Foto aérea tirada por Paulo Whitaker (Planet Ark) no Mato Grosso mostra área desmatada da floresta Amazônia para plantação de soja.



E a partir das declarações irracionais feitas pelos Coronéis, começou a destruição: florestas inteiras destruídas no Mato Grosso para ceder lugar para as plantações de soja e criação de gado, na Amazônia a floresta até então nativa começa a cair e se tornar madeira, indústrias altamente poluentes chegando e se instalando com o alvará dos Coronéis.

Alguns abusos repugnáveis, como é o caso da Nestlé (expulsa da Suíça por poluir o meio ambiente) instala também em São Lourenço uma indústria para explorar as fontes de água mineral, mas também lava seus caminhões com água rica das nossas fontes. Aqui é em verdade tudo muito à vontade, algo como a casa da sogra.



 O Brasil continua pagando seus micos, mesmo sendo signatário de tratados internacionais para preservação ambiental, contudo os órgãos da administração pública que deveriam estar atento aos licenciamentos para a exploração dos recursos naturais concedem licenças e nem o Congresso Nacional é chamado para analisar a viabilidade.

Licenciamentos para a construção de usinas nucleares, por exemplo, que causam grandes impactos ambientais, deveria ter como proposta ouvir a população, afinal a Nossa Carta Magna é conhecida como a Constituição mais cidadã do mundo.

Entretanto o povo não é convidado a manifestar sobre questões ambientais, de saúde pública, nossos magistrados extinguem as ações judiciais que por iniciativa de organizações propõem a ilegalidade dos licenciamentos, com a simples alegação de que organizações e partidos políticos não possuem legalidade para propor as ações judiciais.

Gado em reserva indígena - 45% da mata nativa foi desmatada para a criação de gado e plantação de soja.

E o preceito constitucional do art. 225 da CF/ 88 serve apenas para decorar a Constituição?


A população italiana mediante uma passeata barulhenta exigiu que o governo italiano fechasse todas as usinas nucleares. É a vontade popular sobrepondo-se aos interesses econômicos. Não é o nosso caso, porque aqui na Terra Brasilis, predomina-se a vontade dos grupos econômicos sobre a vontade do povo, afinal o povo apenas vota e os grupos financiam as campanhas políticas.








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