domingo, 8 de maio de 2011

Beatriz Rondon poderá ser multada em mais de R$ 100 mil. Mas que país é este que apenas multa a crueldade e condena um pobre lavrador a cinco anos de prisão por raspar a casca de uma árvore? - Governo desapropria a fazenda e cria um parque no local!



De acordo com o IBAMA, não existe dúvida, que o ocorrido no Pantanal foi crime ambiental e que Beatriz Rondon poderá ser multada em mais R$ 100 mil reais, por promover safáris ilegais no Pantanal, mas o valor em moeda não é o bastante para punir sua crueldade, seu cinismo e seu prazer sórdido que sentiu ao ver as onças mortas. Só de ver as imagens tudo em mim revoltou-se.
 Francamente não dá para sufocar o grito de raiva e desespero, pois só de pensar que a sujeita estará livre, criando suas vacas, travestida de ambientalista protetora e  pior suavemente punida.


Caros leitores sabem por que? Porque quem tem dinheiro contrata bons advogados para defendê-los e quem não tem vai para a prisão, a exemplo do Josias o lavrador que foi preso por raspar casca de uma árvore chamada almesca, em uma área de preservação permanente que fica às margens do córrego Pindaíba, em Planaltina (a 44 km de Brasília).
O lavrador contou que usava a casca para fazer chá para a mulher, Erotildes Guimarães que era portadora da Doença de Chagas e Josias soube que o chá melhorava as condições dos acometidos pela doença.
 Josias foi surpreendido com um tiro para o alto, dado por soldados da Polícia Florestal, quando raspava a almesca. Preso em flagrante delito, algemado e levado para a delegacia, o lavrador foi enquadrado na Lei do Meio Ambiente (9.605, de 98).
De acordo com o delegado Ivanilson Severino de Melo, Josias provocou "danos diretos ao patrimônio ambiental”, crime previsto no artigo 40 da lei. O delito, inafiançável, é punido com 1 a 5 anos de prisão.
 Josias um homem simples dizia que nunca roubou nada. "Eu não sei ler, nem escrever”, afirmava "Cá na minha ignorância, eu não sabia que era crime tirar raspa de árvore, que foi Deus que fez para dar chá para minha mulher”.
Na ocasião o ministro Sarney Filho visitou o preso para prestar solidariedade e Josias chorou várias vezes e disse: "Estou com vergonha até da minha mulher, por ela ser casada com um homem que já foi preso”. Para Josias, a honra é um patrimônio que a prisão lhe tirou.
O ministro na ocasião declarou: "No Brasil, ladrão de galinha vai preso, mas os grandes criminosos do colarinho branco estão soltos”.
Naquela ocasião até os ambientalistas protestaram contra a prisão injusta e a favor do acusado. "A gente tem coisa muito mais relevante como as madeireiras dilapidando o patrimônio ambiental dentro de áreas indígenas”, disse Délcio Rodrigues, do Greenpeace.


Se compararmos o grau de periculosidade dos crimes Beatriz Rondon teria que ser condenada a prisão perpétua ou pena de morte! Se o crime do lavrador de menor potencial ofensivo levou a uma condenação de 5 anos, imagine os crimes cruéis cometidos por essa cretina e com agravante de estar auferindo vantagem pecuniária com os crimes.

Diante dos crimes cometidos por Beatriz Rondon os Ambientalistas não levam a questão para um debate, apenas alegam que estão chocaram com a crueldade da matança organizada por ela.
O presidente da ONG ECOA, Alcides Faria afirmou que sua uma surpresa foi muito grande, inclusive pela postura adotada por Beatriz “de quase prazer em ter matado uma fêmea muito grande”
Questionado sobre o inquérito o DPF Alexandre do Nascimento disse que  o inquérito tem 30 dias para ser concluído e que a  polícia federal continua investigando e tem notícias de outros locais que praticam esse mesmo tipo de caça predatória.
E ainda segundo a polícia, nas fazendas investigadas, o turismo ecológico era usado como fachada, e os safáris eram feitos em áreas de preservação, onde os animais silvestres ameaçados de extinção deveriam estar protegidos. As investigações ainda não terminaram. Por isso, a fazendeira e os peões que aparecem nas imagens não foram indiciados. Isso que pode acontecer até o final do inquérito.


Beatriz Rondon poderá ser indiciada, mas ficará livre e ainda responderá todo o processo em liberdade, posteriormente se condenada for, alegará como atenuante da pena seu trabalho em prol da conservação do meio ambiente e  ficará em prisão domiciliar, continuará a vender pacotes turísticos ilegais para estrangeiros e a comandar os safáris ilegais, porque criminoso no Brasil nunca vão para a prisão já que contrata bons e caros advogados para atuarem em sua defesa, bem aos contrário do  lavrador  Josias: um pobre coitado e foi preso porque era um “Zé Ninguém” e nenhum advogado ou defensor público foi atuar em sua defesa.

Aqui nesse nosso Brasil a coisa toda somente surte algum resultado quando se mexe no bolso dessa gente criminosa, por isso para a mais plena justiça e para compensação dos danos causados ao meio ambiente e por todos os crimes ambientais cometidos por essa sujeita, deveria o governo desapropriar a fazenda Santa Sofia (que nenhum santo se viu por lá) e transformar em uma reserva, vender todas as vaquinhas da cretina e aplicar o valor em proteção às onças. Sem fazenda... Sem safáris... Sem turistas cretinos.

Levando em consideração que a Constituição Federal traz em seu texto a função socioambiental da propriedade, não terá nenhuma ilegalidade que toda a área seja desapropriada e transformada em reserva ambiental... Quem sabe em uma Reserva para as Onças do Pantanal.

Senhor Ministro do Meio Ambiente... Movimente-se! ... Faça algum!... Ambientalistas vamos nos unir contra a impunidade!

A sugestão está dada e tenho certeza que um forte movimento poderá se formar neste sentido.

                                                    Fazenda Santa Sofia


12 comentários:

  1. Cem mil não justifica a barbarie deste ser infeliz e ignorante, a vaca que deveria ser comida pela onça teria que ser a Sra Beatriz, o pior que as Leis deste País são muito brandas e o investimento para proteção muito pouco, pois a muitos interesses economicos por trás..é uma pena que ainda existam pessoam assim no mundo que matam por prazer...

    ResponderExcluir
  2. Vamos ver se essa Beatriz Rondon será realmente punida. Quantos como ela estão atuando contra a fauna e flora por aí? Esse é o país do oba-oba? Fico indignada com tanta barbárie!!!!!

    ResponderExcluir
  3. Grata pela participação Tefaro, creio que esse é um bom momento para por fim nesse oba-oba, principalmente pela nova geração, pois o patrimônio natural é a herança dos jovens e das gerações futuras: filhos e netos.Costumo dizer aos meus filhos que darei minha contribuição para o planeta, mesmo que seja pouca, pois quero entregar o mundo nas mãos deles melhor que recebi de meus pais. Pena que nossos governantes não pensam assim.

    ResponderExcluir
  4. onde está a OAB, que quando se cala diante desta vergonha, nada ou muito pouco faz. essa mulher e os gringos cometeram crimes e deve ser punidos. se não temos leis suficientes para acabar com isso que a OAB, mexa a bunda.

    ResponderExcluir
  5. Faz pouco que enviei um e-mail para a OAB requerendo que a comissão de meio ambiente se manifeste sobre o caso e que tome providências no sentido de que Beatriz Rondon seja punida com penas a altura dos seus crimes. Porém sinto em dizer, mas a OAB esta muito preocupada com outras políticas e duvido muito que leve em conta qualquer uma das cobranças que fiz. Sei que muitas vezes a sinceridade mágoa, mas não adianta ficar escondendo o lixo debaixo do tapete e esta é a verdade, pois caso contrário a OAB já teria se manifestado sobre a questão. Você viu algum presidente da OAB falando sobre o caso? Eu não, nem mesmo o presidente da seccional do Mato Grosso Sul.Isso é que chamo de descaso com o meio ambiente e não entendo pq mantêm uma comissão de meio ambiente, aqui é para plantar mudas de árvores em outros locais não sei.

    ResponderExcluir
  6. Ahhh por esta crítica posso ser punida com a suspensão da minha OAB. Mas tudo bem!Verdade é para ser dita!

    ResponderExcluir
  7. E o pior não é só este tipo de barbárie acontece em nosso Estado, estão acabando com a área verde de um parque lindo em Campo Grande. Transformaram o Parque da Nações Indígenas em um verdadeiro canteiro de obras, estão construindo um gigantesco aquário de 10 mil metros quadrados. Enquanto isso temos o CRAS - centro de reabilitação de animais silvestres que está sendo abandonado e nem sequer tendo atenção do Governador ou prefeito. O grande problema é que nos tornamos jovens inertes diante de tantos absurdos. É o nosso bioma que corre perigo, assim o nosso futuro tbém.
    Barulho já! contra tudo isso.
    facebook: kamyla Simon

    ResponderExcluir
  8. Diante do seu comentário fiquei muito mais triste, ao pensar que o descaso é maior do se imagina.Nos tivemos muito momentos históricos no Brasil, que levaram a transformações políticas e sempre liderados por jovens, da ditadura ao movimento das diretas já. Meus filhos me disseram que não se tem uma causa para lutar e sugeri a eles que iniciem uma movimento pelas causas ambientais, pois esta é uma grande e contínua luta.Penso que quando os jovens se unirem em protestos, esta situação muda, pois o que mais os governos temem é a força jovem.Se eu puder contribuir com algo - eis-me aqui.

    ResponderExcluir
  9. A Constituição Federal também prevê a modalidade de Desapropriação Confisco para o caso de utilização de propriedade para fins ilícitos.
    Voltando à realidade, ainda que ela seja condenada pelo crime ambiental de caça ilegal ela nunca será presa.(lembrando que uma coisa é matar uma onça, outra é promover safaris ilegais durante 15 anos, na última hipótese a propriedade está sendo usada como instrumento de crime, passível de confisco pelo Estado). E mais, uma multa pequena de 105 mil reais não é nada. Então, para quem é ambientalista, se por acaso você mora no Mato Grosso do Sul, pressione as autoridades (especialmente o MP e o IBAMA) a requerer a desapropriação da propriedade da dita cuja sem nenhuma indenização(lembrando que há também a desapropriação por interesse social que também engloba interesse ambiental, só que nessa há indenização). Com certeza isso será mais eficaz que todo "o rigor" da Lei dos Crimes Ambientais!!!!

    ResponderExcluir
  10. Waldir não moro no Mato Grosso, mas moro no Brasil, portanto tudo que se relaciona ao meu país me diz respeito e creio que devemos começar a colher assinaturas junto às cidades e enviar para os órgãos públicos a começar para o MP, de forma a fazer pressão para que a fazenda seja desapropriada e entregue em mãos de pessoas responsáveis e capazes de realmente proteger a fauna silvestre. estou pensando seriamente em começar o movimento na minha cidade. O que vc acha da idéia?

    ResponderExcluir
  11. Crime ambiental não é inafiançável? Quem o comete não é preso? Me desculpe mas não estou entendendo isso

    ResponderExcluir
  12. Olá Sy, vou tentar te ajudar a compreender:

    A Lei de Crimes Ambientais, (Lei n.º 9.605) que entrou em vigor em 1998, citadas, traz em seu bojo crimes contra a fauna, tendo revogado tacitamente Lei da Caça (Lei n.º 5.197) que tratava da fauna silvestre brasileira e regulava especialmente a caça amadorista.
    Devido a problemas graves que vinham ocorrendo no país em relação à fauna, especialmente a questão de coureiros, que exportavam materiais indiscriminadamente, foi editada a Lei n.º 7.653 em 1988, tornando todos os crimes tipificados na Lei de Caça como inafiançáveis.
    A Lei de Crimes Ambientais por meio da qual disciplinou as sanções penais e administrativas derivadas de condutas lesivas ao meio ambiente, incluindo-se os crimes contra a fauna (artigos 29 a 37) e em 1999, o Decreto 3.179 dispondo sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente dispõe também que são crimes inafiançável, portanto, as penas a serem aplicadas atualmente são as da Lei de Crimes Ambientais, que nada fala em inafiançabilidade.
    Para que você compreenda melhor a prisão em flagrante de Beatriz Rondon foi por porte ilegal de armas e não por crimes ambientais, motivo pelo qual ela pagou a fiança e foi liberada.
    Beatriz Rondon ainda não foi indiciada por crimes contra a fauna, uma vez que o inquérito ainda não foi concluído.

    Grande abraço e espero ter ajudado a esclarecer sua dúvida.

    ResponderExcluir