Os agentes do IBAMA e da vigilância sanitário do Estado do Pernambuco descobriram que lojas no agreste pernambucano vendiam lixo hospitalar importados dos EUA. O lixo já vem abastecendo o pólo têxtil do Estado há cerca de dois anos.
Em um depósito na cidade de Toritama, a vigilância sanitária encontrou tecidos com manchas que presumem ser de sangue. No material encontrado havia jalecos e lençóis de hospitais dos Estados Unidos. Pasmem! O material era vendido sem lavar, e atraía compradores por causa do preço baixo.
Na cidade de Timbaúba, na mesma região, os lençóis dos hospitais americanos são vendidos livremente em uma loja no centro da cidade. Alguns tinham manchas e estavam misturados a outros tecidos. Segundo os vendedores, os lençóis custavam R$ 2,00 cada. Alguns consumidores ficaram assustados com a possibilidade de o tecido ser lixo hospitalar.
Dois contêineres foram apreendidos pela alfândega da Receita Federal na tarde de terça-feira (11.10.2011) e o segundo, em 17.11.2011. Ambos continham 23,3 toneladas de lençóis, fronhas, toalhas de banho, batas e pijamas e roupas de bebês. Parte do material continha a identificação de hospitais norte-americanos e estava suja de sangue. Também havia seringas, luvas hospitalares, cateteres, gazes e ataduras em meio ao material, lençóis, fronhas, toalhas de banho, batas e pijamas e roupas de bebês. Parte do material continha a identificação de hospitais norte-americanos e estava suja de sangue.
Na noite de 17.11.2011 a Polícia Civil de Pernambuco arrombou em Caruaru um galpão repleto de material semelhante ao lixo hospitalar encontrado nos dois contêineres interceptados pela Receita Federal no Porto de Suape - lençóis sujos e outros materiais descartados por hospitais norte-americanos. O galpão tem o mesmo nome fantasia - Império do Forro de Bolso - Empresa importadora do pólo têxtil de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do Estado, que vende retalhos para forros de bolsos não só no pólo de confecções, mas para o Brasil e exterior, pela internet.
O perfil no Facebook a Império do Forro de Bolso registrou no dia 10 de outubro a seguinte mensagem: 'oi, desejamos, a todos uma semana cheia de paz e muito dinheiro no bolso!!!'.
Os materiais hospitalares embarcaram no Porto de Charleston, na Carolina do Sul. Na documentação das cargas dos dois contêineres apreendidos indicava se tratar de "tecido de algodão com defeito"
A Política Nacional de Resíduos Sólidos e leis sanitárias proíbem a importação de resíduos sólidos perigosos e de rejeitos cujas características possam causar dano ao meio ambiente e à saúde pública, motivo pelo qual a empresa declarava que o material seria tecido de algodão com defeito, remetido de Carolina do Sul.
Os órgãos responsáveis ainda avaliam o que fazer com o lixo hospitalar. Uma das opções é determinar a imediata devolução para os Estados Unidos dos contêineres com todo o material tóxico. A segunda opção é destruir o material. Qualquer que seja a solução, os custos serão assumidos pela empresa importadora.
Na quinta, a ANVISA deve divulgar um laudo oficial sobre o caso, o que vai permitir à Receita Federal tomar as medidas necessárias em relação aos envolvidos com essa importação fraudulenta. Os nomes das pessoas e empresas envolvidas não foram divulgados, por causa do sigilo fiscal.
A PF instaurou inquérito com o objetivo de apurar as responsabilidades pelo desembarque de contêineres com lixo hospitalar vindo dos Estados Unidos, que apontam para a prática de crimes de contrabando, ambiental e uso de documento falso.
O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco requisitou à Polícia Federal (PF) a instauração de inquérito policial com o objetivo de apurar as responsabilidades pelo desembarque dos contêineres com lixo hospitalar vindo dos EUA. Além da investigação criminal, o MPF instaurou procedimento administrativo para averiguar a necessidade de medidas cíveis ambientais.
O dono da empresa que importou os contêineres apreendidos em Suape está sendo procurado pelas policiais e ainda não foi ouvido oficialmente. Pelo tráfico ilegal, ele pode ser condenado a até quatro anos de prisão.
O governador Eduardo Campos tranqüilizou a população em relação ao perigo de contaminação e afirmou, ainda, que as autoridades da Polícia Federal e da Receita Federal estão alertas para a chegada de 14 novos contêineres contendo material hospitalar. “Eles vão ser devidamente apreendidos. Tudo o que chegar de contêiner de tecido passará por uma rigorosa fiscalização, inclusive pelos equipamentos de scanner que há no Porto.
Para o médico sanitarista Jaime Brito, alertou que o risco de contaminação existe e sendo um material contaminado, ele é considerado lixo hospitalar. É classificado como lixo infectante e é de um risco em potencial.
O Consulado americano apenas declarou em nota pela imprensa que: “já informou o caso às agências norte-americanas responsáveis pela entrada e saída de mercadorias nos Estados Unidos, assim como às agências responsáveis pelo controle ambiental.
Será que algum dia o Continente Europeu e os Estados Unidos chegarão a simples conclusão de que o Brasil não é um depósito de lixo? As autoridades brasileiras deveriam deixar bem claro que não é de lixo que precisamos e sim de respeito aos nossos cidadãos, que ainda que a população brasileira seja em sua maioria pobre, não chega ao extremo de mendigar o lixo que os americanos produzem e por não saber o que fazer com eles e na ânsia de evitar que sejam lançados ao meio ambiente americano mandam tudo para o Brasil.
As autoridades devem devolver o lixo deixando bem claro que os americanos que façam bom ou mau uso do seu lixo. Afinal não foram os gorduchos, comedores de hambúrgueres, desequilibrados e neuróticos, falidos que disfarçam suas favelas em acampamentos e que são os maiores produtores de lixo? Então que fiquem com ele!
Francamente “Povo Norte Americano”, não tenho nenhum simpatia pelas suas políticas, pela forma como tratam o mundo, muito pelo contrário desprezo suas atitudes, seus modos e até a forma como se posicionam como cidadãos diante do seu país e do seu mundo. Podem ter certeza absoluta que não desejo passear em
Nova York, pois tenho certeza que o Alto Xingu, o Pantanal, o Vale dos Vinhedos, são lugares do meu país que não conheço e que são muito mais interessantes que esta cidade que fabrica loucos.
Existem sim, alguns cidadãos imbecis e irresponsáveis que não se importam com o país e nem com seu povo e que hipocritamente tem a capacidade de desejar a paz enquanto coloca em risco a vida de pessoas pobres para deixar muito dinheiro no bolso, mas por outro lado existem milhares de cidadãos brasileiros honrados e com posturas nobres.
Caríssimos me desculpem, pela forma indelicada que escrevi, mas me sinto extremamente irritada quando tomo conhecimento de tanto abuso e desrespeito com o povo brasileiro.